Internacionalização e impacto da pesquisa da USP têm tendência positiva

Levantamento na plataforma SciVal revela melhora nos principais indicadores relacionados à produção científica da Universidade

 02/07/2018 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 26/07/2018 às 14:34

O texto a seguir integra uma série de quatro artigos produzidos pelo Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da USP  sobre a produção científica da USP. Para ler o texto completo, com as citações, acesse este link acesse este link.

Ciências Naturais é a área com maior porcentual de publicações (39,1%) da USP – Foto: Gerhard Waller / Esalq / DvComun

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Levantamento realizado na plataforma SciVal (Elsevier) revela tendência geral de melhora nos principais indicadores relacionados à produção científica da USP: produtividade, colaboração internacional, impacto de citações e de visualizações. A pesquisa foi realizada pelo Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da USP, no dia 20 de junho, com dados da base Scopus atualizados até o dia 1º de junho.

De acordo com o levantamento, estudos aprofundados são necessários em termos gerais e por área de conhecimento, podendo fornecer direções mais específicas e importantes para a Universidade. “Plataformas analíticas como SciVal, InCites e BDPI são fontes de informação especializada e auxiliam a visualização de tendências. Os desafios porém, permanecem. A geração de produção científica relevante é uma atividade contínua, que requer estratégia e engajamento de toda a comunidade em busca da excelência e internacionalização”, diz o texto.

A plataforma SciVal disponibiliza um portfólio de ferramentas de análise de indicadores de produção científica desenvolvida pela Elsevier, que tem como fonte de dados o Scopus e o Science Direct. Dessa forma, permite realizar análises bibliométricas da produção científica de uma determinada instituição, país, região, autor ou grupos de autores, ou ainda em revistas, desde que o material esteja indexado na base de dados Scopus. Encontra-se disponível a todos os pesquisadores da USP. Basta registrar-se para utilizar.

O período da pesquisa realizada pelo Sibi compreende o período de junho de 2013 a junho de 2018, com produção científica indexada de 58.515 autores afiliados à USP e totalizando 74.065 publicações, número que reflete o total acumulado de itens publicados no período.

Em 2013, a produção científica registrada chegou a 12.762 publicações, em 2017, esse total foi de 14.193 publicações, contabilizando um crescimento de 11% no período, conforme detalhes exibidos a seguir:
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Evolução da produção científica da USP indexada Scopus (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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Esse total explicita o volume, a produtividade dos autores USP, pois mensura quantos documentos foram publicados no período e indexados na Base de Dados Scopus.

Em relação ao impacto, observa-se que no período foram contabilizadas 400.563 citações que representam cerca de 5,4 citações por publicação no cômputo geral e Índice H de 131, de acordo com a imagem abaixo:

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Performance geral da USP (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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A distribuição das publicações geradas por área de conhecimento das revistas indexadas também teve uma boa evolução. Utilizando a classificação Field of Science and Technology (FOS), do Manual Frascati da Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), temos a seguinte distribuição:

  • Ciências da Agricultura (Agricultural Sciences), que compreende agricultura, silvicultura e pesca, ciência animal e leiteira, ciência veterinária e outras ciências agrárias foi responsável por 10% do total de publicações no período.
  • Engenharia e Tecnologias (Engineering and Technologies), que compreende engenharia de materiais, engenharia química, engenharia mecânica, engenharia elétrica, engenharia eletrônica, engenharia de informação, engenharia médica, engenharia ambiental, engenharia civil, outras engenharias e tecnologias foi responsável por 11,2% das publicações.
  • Humanidades (Humanities), que compreende história e arqueologia, idiomas e literatura, filosofia, ética e religião, arte (artes, história das artes, artes cênicas, música), e outras humanidades contabilizou apenas 1%.
  • Ciências Médicas (Medical Sciences), que compreende medicina clínica, pesquisa médica básica, ciências da saúde, biotecnologia da saúde e outras ciências médicas respondeu por 32,7%.
  • Ciências Naturais (Natural Sciences), que compreende ciências biológicas, ciências ambientais e da terra, ciências físicas e astronomia, ciências químicas, computação e ciências da informação, matemática e outras ciências naturais foi a área com maior porcentual de publicações: 39,1%.
  • Ciências Sociais (Social Sciences), que compreende psicologia, economia e negócios, sociologia, ciências educacionais, geografia social e econômica, mídia e comunicação, ciência política, direito, e outras ciências sociais respondeu por 6% das publicações geradas e indexadas na base Scopus no período.

Em termos globais, no período de 2013 a 2018, os pesquisadores da USP colaboraram com pesquisadores de 4.213 instituições no mundo, a maior parte da Europa. Há ainda 4.868 instituições com potencial de colaboração, confira a seguir:

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Instituições que colaboram com a USP (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

No cômputo geral (Overall), ao longo do período de 2013 a 2018, o porcentual de publicações resultantes de colaborações internacionais registra a marca de 35,1%, conforme o gráfico abaixo, e evidencia maior número de citações e impacto para essas publicações.

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Porcentuais de Colaborações USP (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

Com relação ao indicador de impacto ponderado por campo de conhecimento (Field-Weighted Citation Impact – FWCI), observa-se que o índice na USP está um pouco acima da marca geral 1 (Referência Global), refletindo uma tendência de aumento do impacto das publicações geradas por pesquisadores da Universidade nos últimos cinco anos, conforme demonstrado no gráfico a seguir, em comparação com o FWCI do Brasil.

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Evolução do Field-Weighted Citation Impact USP (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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A evolução do porcentual de internacionalização de cada área apresenta pequenas diferenças de evolução no período, com destaque para a área de Ciências da Agricultura que, neste momento, registra o maior porcentual de internacionalização em comparação às demais áreas, tendo registrado 42,5% do total de publicações produzidas em 2018 em colaboração com autores de outros países.

Por outro lado, a área de Engenharias e Tecnologias exibe queda sutil no porcentual, segundo o gráfico abaixo:

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Evolução do porcentual de internacionalização da produção USP por área de conhecimento (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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Examinando o desempenho ano a ano, observa-se que o porcentual de internacionalização de publicações da USP geradas em coautoria internacional cresceu de 29,5% em 2013 para 41,3% em 2018 na USP, confirmando tendência de crescimento para os anos que virão, como apresentado a seguir:

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Evolução do porcentual de colaboração internacional (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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Com relação à publicação de artigos nas revistas mais prestigiosas, observa-se também uma tendência de crescimento no porcentual de artigos publicados nas 10% de revistas top, como observamos na figura abaixo.

O Brasil acompanha essa tendência, influenciada pelas publicações em torno da epidemia causada pelo vírus zika nos anos de 2016-2017. A confirmação do aparente quadro ascendente virá somente no início de 2019, quando serão contabilizadas as publicações de 2018.

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Evolução do porcentual de artigos USP nas Revistas Top 10% (2013-2017) – Fonte: Dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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O quadro abaixo apresenta uma lista das 20 principais instituições do exterior com as quais a USP colaborou de 2013 a junho de 2018, o número de documentos gerados e o FWCI obtido a partir de cada colaboração.

As instituições foram Harvard University, CNRS, ComUE Paris-Saclay, University of Toronto, para citar algumas, demonstrando que o FWCI de trabalhos produzidos em coautoria internacional sempre é maior.

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Top 20 instituições que colaboraram com a USP (2013-2018) – Fonte: Dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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A USP pode se beneficiar muito ao colaborar com certas instituições de outros países, principalmente com relação ao indicador Field-Weighted Citation Impact (FWCI). A figura abaixo apresenta um comparativo entre coautorias da USP com as quatro principais instituições com as quais os autores da Universidade colaboraram no período e os ganhos potenciais de impacto, tanto de citação quanto de visualização.

É verdade que uma parte dessa produção refere-se à participação de autores USP nos grandes grupos internacionais de pesquisa, que resulta nos chamados kilo-author papers ou artigos com hiperautor.

Apesar do kilo-author referir-se a artigos com mil ou mais autores, aqui adotou-se como critério de corte os artigos com mais de 50 autores, uma régua extremamente rigorosa, a fim de destacar o conhecimento consolidado na instituição. Ainda assim, infere-se que há muitas vantagens nessas parcerias.

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Field-Weighted Citation / View Impact – Top 4 instituições que colaboraram com a USP (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier).

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A seguir, são detalhadas as informações de coautoria com a USP relativas a cada uma dessas quatro instituições: CNRS, Harvard University, ComUE Paris-Saclay e  University of Toronto.

CNRS

O Centre National de la Recherche Scientifique foi criado em 1939 e é o maior órgão público de pesquisa científica da França e uma das mais importantes instituições de pesquisa do mundo. Suas atividades cobrem praticamente todas as áreas do conhecimento – matemática, psicologia, química, energia nuclear, engenharia científica, comunicação e informação tecnológica e científica, saúde, ciências sociais e humanas, entre outras.- em 1.100 unidades de pesquisa e serviços certificados.

De 2013 a 2017, a colaboração entre USP e CNRS resultou em 1.757 publicações, que envolveram 1.318 autores da USP, registrando um aumento de mais de 35% na produção no período.

Essas publicações alcançaram 35.352 citações, cobrindo áreas de conhecimento como Ciências Naturais (72,7%), Engenharias e Tecnologias (15,6%), Ciências Médicas (6,9%), para citar algumas áreas. O gráfico abaixo ilustra as principais áreas de colaboração:

Publicações produzidas em coautoria USP e CNRS (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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Juntas, USP e CNRS alcançaram a marca de 3.23 de FWCI, três vezes acima do que seria esperado individualmente (USP registra FWCI = 1.06 e CNRS tem FWCI = 1.45), demonstrando que o trabalho conjunto é benéfico para ambas as instituições.

O impacto ponderado de visualizações por campo de conhecimento (Field-Weighted Views Impact – FWVI) também aumentou: foi cerca de cinco vezes maior (7.25) quando ambas colaboraram (individualmente, a USP registra FWVI=1.38 e CNRS tem FWVI=1.26), de acordo com a figura abaixo.

É preciso ressaltar que, do total de 1.757 artigos publicados em conjunto, 927 (53%) correspondem a artigos com 100 ou mais autores, o que nos deixa 830 (47%) artigos com até 50 autores, que representa uma porção significativa de pesquisa consolidada na própria instituição.

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Quadro da produção científica em colaboração USP – CNRS (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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Harvard University

Fundada em 1836, é uma universidade privada de pesquisa localizada em Cambridge, Massachusetts, nos Estados Unidos, cuja história, influência e riqueza tornam-na uma das mais prestigiadas universidades do mundo. Reúne cerca de 22.700 estudantes e 4.500 docentes. Ocupa a 3ª posição no QS World University Ranking.

De 2013 a 2017, a colaboração entre USP e Harvard resultou em 1.691 publicações, que envolveram 1.637 autores da USP, registrando um aumento de mais de 62,1% na produção no período.

Essas publicações alcançaram 56.177 citações, cobrindo áreas de conhecimento como Ciências Naturais (44,8%), Ciências Médicas (39,8%), Engenharias e Tecnologias (10,3%), para citar algumas áreas. O gráfico abaixo ilustra as principais áreas de colaboração:

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Publicações produzidas em coautoria USP e Harvard Univ. (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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Juntas, USP e Harvard alcançaram a marca de 6.63 de FWCI, seis vezes acima do que seria esperado individualmente (USP registra FWCI = 1.06 e Harvard tem FWCI = 2.32), demonstrando que o trabalho conjunto é benéfico para ambas as instituições.

O impacto ponderado de visualizações por campo de conhecimento (Field-Weighted Views Impact – FWVI) também aumentou: foi quase seis vezes maior (8.09) quando ambas colaboram (individualmente, a USP registra FWVI=1.38 e Harvard tem FWVI=1.44), conforme gráfico a seguir.

É preciso ressaltar que, do total de 1.691 artigos publicados em conjunto, apenas 685 (40%) correspondem a artigos com 100 ou mais autores, o que nos deixa 1.006 (60%) artigos com até 50 autores, o que representa uma porção bastante significativa de pesquisa consolidada na própria instituição.

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Quadro da produção científica em colaboração USP – Harvard Univ. (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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ComUE Paris-Saclay

Consolidada em 2014, é um centro universitário de educação e pesquisa público localizado em Paris, França, considerado um dos líderes mundiais em ciência, engenharia e tecnologia, bem como outros campos de conhecimento como administração, economia, linguística, ciência política e filosofia. Dedica-se a uma pesquisa global integrada de alto nível, promovendo a excelência científica e o surgimento de novas áreas de pesquisa. Reúne cerca de 65 mil estudantes.

De 2013 a 2017, a colaboração entre USP e a ComUE Paris-Saclay resultou em 1.149 publicações, que envolveram 639 autores da USP, registrando um aumento de mais de 20% na produção no período.

Essas publicações alcançaram 28.569 citações, cobrindo áreas de conhecimento como Ciências Naturais (74,6%), Engenharias e Tecnologias (14,7%), Ciências Médicas (8%), para citar algumas áreas. O gráfico abaixo ilustra as principais áreas de colaboração.

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Publicações produzidas em coautoria USP e ComUE Paris-Saclay (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

 

Juntas, USP e ComUE Paris-Saclay alcançaram a marca de 3.98 de FWCI, cerca de três vezes acima do que seria esperado individualmente (USP registra FWCI = 1.06 e ComUE Paris-Saclay tem FWCI = 1.61), demonstrando que o trabalho conjunto é benéfico para ambas as instituições.

O impacto ponderado de visualizações por campo de conhecimento (Field-Weighted Views Impact – FWVI) também aumentou: foi sete vezes maior quando ambas colaboram (USP registra FWVI=1.38 e Paris-Saclay tem FWVI=1.42), de acordo com o gráfico abaixo.

É preciso ressaltar que, do total de 1.149 artigos publicados em conjunto, 849 (74%) correspondem a artigos com 100 ou mais autores, o que nos deixa 300 (26%) artigos com até 50 autores, o que representa quase um terço de pesquisa consolidada na própria instituição.

Quadro da produção científica em colaboração USP – ComUE Paris-Saclay (2013-2018) – Fonte: dados atual até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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University of Toronto

É uma universidade pública de pesquisa localizada em Toronto, Ontário, Canadá. Fundada por carta real em 1827, congrega 11 faculdades, cada uma com caráter e história diferentes. Academicamente, a Universidade de Toronto é conhecida por seus movimentos e currículos influentes na crítica literária e teoria da comunicação – Escola de Toronto.

A instituição foi o berço da pesquisa com insulina e células-tronco e foi o local do primeiro microscópio eletrônico prático. Sua faculdade de direito e escola de engenharia são altamente conceituadas, assim como seus programas de medicina para estudantes de doutorado. Reúne cerca de 73 mil estudantes em 80 departamentos e ocupa a 28ª posição no QS World University Ranking.

De 2013 a 2017, a colaboração entre USP e a University of Toronto resultou em 1.044 publicações, que envolveram 858 autores da USP, registrando um aumento de mais de 20% na produção no período.

Essas publicações alcançaram 35.053 citações, cobrindo áreas de conhecimento como Ciências Naturais (53,1%), Ciências Médicas (29,9%), Engenharias e Tecnologias (12,9%), para citar algumas. O gráfico abaixo ilustra as principais áreas de colaboração:

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Publicações produzidas em coautoria USP e Univ. Toronto (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

 

Juntas, USP e University of Toronto alcançaram a marca de 6.81 de FWCI, cerca de seis vezes acima do que seria esperado individualmente (USP registra FWCI = 1.06 e University of Toronto tem FWCI = 1.97).

O impacto ponderado de visualizações por campo de conhecimento (Field-Weighted Views Impact – FWVI) também aumentou: foi mais de sete vezes maior (10.74) quando ambas colaboram individualmente, (a USP registra FWVI=1.38 e a University of Toronto tem FWVI=1.44), conforme gráfico a seguir.

É preciso ressaltar que, do total de 1.044 artigos publicados em conjunto, 632 (60%) correspondem a artigos com 100 ou mais autores, o que nos deixa 412 (40%) artigos com até 50 autores, que representa uma boa porção de pesquisa consolidada na própria instituição.

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Quadro da produção científica em colaboração USP – Univ. Toronto (2013-2018) – Fonte: dados atualizados até o dia 1º de junho na Base Scopus e obtidos dia 20 de junho de 2018 na Plataforma SciVal (Elsevier)

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Em conclusão, com base nos dados levantados, observa-se que está em curso uma trajetória positiva de desempenho da USP em relação às publicações científicas indexadas na Base Scopus, em termos de produtividade, colaboração internacional, impacto de citações e de visualizações.

Estudos aprofundados ainda são necessários, tanto em termos gerais quanto por área de conhecimento, e podem fornecer direções mais específicas e igualmente importantes para a Universidade.

Plataformas analíticas como SciVal, InCites e BDPI são fontes de informação especializada e auxiliam a visualização de tendências. Os desafios porém, permanecem. A geração de produção científica relevante é uma atividade contínua, que requer estratégia e engajamento de toda a comunidade em busca da excelência e internacionalização.

Elizabeth Dudziak/ Sibi

 

 


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