Após retratar o conjunto das serpentes de biomas como a Mata Atlântica, o Pantanal e o Cerrado, o guia ilustrado Serpentes do Brasil, de autoria de Thaís Guedes, do Museu de Zoologia (MZ) da USP, Otavio Marques, André Eterovic e Ivan Sazima traz um estudo que, nas palavras do diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, responsável pela apresentação da obra, apresenta um subsídio poderoso para a tomada de decisões que envolvem o manejo do semiárido nordestino.
A primeira parte do guia versa sobre as características gerais da Caatinga, um espaço geográfico com cerca de 850.000 km² que muito diz sobre a diversidade da fauna brasileira. Na sequência, há uma breve descrição sobre a constituição de serpentes, focalizando aspectos da anatomia, classificação biológica, fisiologia, relação com o habitat, entre outros.
Serpentes da Caatinga traz instruções sobre como identificar serpentes peçonhentas, mas também aponta para a importância de se conservar este tipo de animal. Além de citar de que forma as serpentes são importantes para o equilíbrio do ecossistema, o guia aponta que a maioria das espécies encontradas no bioma não são ofensivas ao homem. Por fim, os autores focalizam como devastar a Caatinga pode afetar o ciclo de vida dessas espécies.
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Outro ponto interessante de Serpentes do Brasil são as ilustrações. A obra lança mão de uma interessante legenda para apontar a frequência com que as serpentes podem ser encontradas, onde habitam e do que se alimentam, por exemplo. No guia, as fotografias das serpentes, a partir da página 51, são acompanhadas da legenda interativa. O ícone 1, que significa risco de envenenamento grave, aparece com a cobra-verde (Philodryas olfersii). Outros ícones, como o 24, utilizado para espécies que são ativas sobre a vegetação, aparecem com mais frequência ao longo de Serpentes da Caatinga. Esse tipo de legenda torna o guia ainda mais relevante, já que traz informações completas sobre os tipos de serpentes e como identificá-las, a fim de coibir qualquer tipo de acidente.
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