A energia desempenha um papel fundamental na vida das pessoas e está presente nas mais variadas formas, seja nos fenômenos da natureza, para locomoção, dirigir um carro, cozinhar alimentos ou fazer uso da eletricidade. Há vários tipos de energia, como térmica, química, mecânica e elétrica, por exemplo. O ser humano começou a fazer uso da energia desde os primórdios e a primeira a ser dominada foi na forma do fogo. Anos mais tarde, começou-se a utilizar o movimento das águas para o funcionamento de equipamentos. A utilização dos ventos como fonte de energia também data de séculos atrás, quando moinhos de vento eram usados para moer grãos e a tração animal também era muito usada na agricultura e para a locomoção.
Para gerar qualquer tipo de energia é necessário que haja alguma fonte para transformá-la na forma desejada. O conjunto de fontes é denominado matriz energética e representa quanto cada fonte de energia contribui para o total. A maior parte da matriz energética em âmbito mundial provém de recursos não renováveis, cerca de 81,1% e nessa porcentagem estão inclusos petróleo e derivados, carvão mineral e gás natural. Os recursos não renováveis são combustíveis fósseis e por isso produzem um alto nível de poluição quando utilizados e outra desvantagem é que em um momento futuro se esgotarão.
Além disso, a busca por formas de geração de energia mais baratas leva a estudo e desenvolvimento de energias provenientes de matrizes renováveis. Essas fontes têm como característica serem mais sustentáveis, geram menos índices de poluição, tornam a matriz menos dependente de combustíveis fósseis e mais diversificada e muitas vezes possuem custo mais baixo. Dessas, a que mais se destaca é a biomassa, equivalendo a 9,3% da matriz mundial; a hidráulica ocupa o segundo lugar, com 2,6%; já a solar, geotérmica e eólica ocupam um número muito pequeno, totalizando juntas somente 2% de toda a matriz. Já a nuclear corresponde a cerca de 5%.
O Brasil é um dos países que fazem mais uso de energias renováveis que o restante do mundo. Em 2019, 46% da matriz energética nacional era renovável, enquanto no mundo esse número era de 14%. Já em 2020, a contribuição das fontes renováveis para a matriz energética nacional subiu para 48,3%, sendo os recursos mais utilizados derivados da cana-de-açúcar, seguidos da hidráulica.
A Série Energia tem apresentação do professor Fernando de Lima Caneppele (FZEA), que produziu este episódio com Iris Montani Gasparoto (discente USP Pirassununga). A coprodução é de Ferraz Junior e edição da Rádio USP Ribeirão. Você pode sintonizar a Rádio USP Ribeirão Preto em FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS.
Ouça no player acima o episódio inédito e na íntegra sobre a matriz energética mundial e a posição do Brasil na produção de energia renovável.