Saldo do crédito brasileiro atinge mais de 10 trilhões de reais

Entre janeiro e novembro de 2019 houve aumento da concessão de crédito para o setor público, empresas e famílias

 05/02/2020 - Publicado há 4 anos
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O saldo do crédito ampliado no Brasil atingiu o valor de R$ 10,25 trilhões entre janeiro e novembro de 2019. O valor compreende as operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN), dos demais setores institucionais residentes, os títulos de dívida públicos e privados e os créditos concedidos por não residentes (dívida externa).

Desse valor, R$ 4,72 trilhões foram concedidos ao setor público e R$ 5,73 trilhões ao setor privado (empresas e pessoas físicas). Houve um aumento de crédito de 4,6% no mesmo período, com alta de 3,8% de crédito usado pelo governo e 3,4% para empresas e famílias, quando comparado a novembro de 2018.

O saldo de crédito concedido ao setor privado em novembro de 2019 atingiu o porcentual de 24,6% do PIB brasileiro. O concedido ao setor público passou de 24,2% em novembro de 2018 para 22,6% em novembro de 2019. Essa queda se deve pela iniciativa do governo federal em reduzir a participação de bancos públicos na concessão de crédito.

O crédito destinado a setores específicos vem caindo, tanto para a indústria, de 14% do PIB em dezembro de 2015 para 8,3% em novembro de 2019, quanto para a construção civil, de 2% do PIB para 0,9% no mesmo período. Em contrapartida, o setor de serviços apresentou um pequeno crescimento de 7,5% do PIB em janeiro de 2019 para 7,8% em novembro.

No estado de São Paulo as operações de crédito totalizaram R$ 1,86 trilhão em outubro de 2019, um aumento de 6,9% em relação ao mesmo mês em 2018. A Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP) teve queda entre outubro de 2018 e 2019 de 8,6%, fechando outubro com R$ 25 bilhões. Isso aconteceu devido ao mau desempenho do crédito destinado ao setor agrícola, que tem grande importância na região.

As informações são do Boletim de Crédito de janeiro de 2020, feito pelos pesquisadores Francielly Almeida e Marcelo Lourenço Filho, sob supervisão do professor Luciano Nakabashi, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP.

Por: Maria Paula Soeltl


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