O álcool em gel virou o centro das atenções entre as medidas de higiene pessoal para prevenção ao novo coronavírus. De uma hora para outra, o produto sumiu das prateleiras de farmácias e supermercados. Quem ainda encontra o produto à venda relata casos de aumentos abusivos de preço.
Por outro lado, o governo do Estado, em acordo com a Associação Paulista de Supermercados (APAS), anunciou que a partir da próxima segunda-feira, 23 de março, os supermercados vão vender álcool em gel sem margem de lucro para que todos possam adquirir o produto.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baixou normativa, liberando os supermercados a vender álcool a 70%, o que estava proibido desde 2013 pelo risco de incêndio. Nesse teor, o álcool é eficaz o que não ocorre com o álcool a 46%.
Como nas redes sociais circulam até receita para fabricação caseira de álcool em gel, a Rádio USP foi ouvir a professora Marilisa Guimarães Lara, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP. A especialista diz que não é recomendável tentar fazer álcool em gel em casa porque não há condições de medir a concentração, o que já não ocorre nos laboratórios.
Para ela, lavar bastante as mãos com sabão é tão eficaz quanto o álcool em gel e que a falta do produto não significa o fim do mundo. “Mas eu acredito que com a liberação da Anvisa para que os supermercados vendam álcool a 70%, as pessoas estarão mais tranquilas”, afirma.
Ouça a entrevista no link acima.