A violência urbana tem sido um tema recorrente em todos os jornais nos últimos dias. Dados recentes da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo indicam que a taxa de homicídios dolosos registrados foi o menor desde 2000. De junho de 2015 a maio deste ano, a capital registrou 7,80 homicídios por cem mil habitantes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a taxa de homicídios é endêmica quando dados mostram mais de dez mortes a cada cem mil habitantes. O Mapa da Violência 2015 Brasil, divulgado em maio, revela que 42.416 pessoas morreram em 2012 vítimas de arma de fogo no Brasil, o equivalente a 116 óbitos por dia. Essa cifra é ainda mais acentuada entre os jovens, que correspondem a cerca de 59% das estatísticas.
O professor Alamiro Velludo Salvador Netto, do Departamento de Direito Penal, Medicina Legal e Criminologia da Faculdade de Direito da USP, fala sobre questões relativas às ações policiais letais em regiões periféricas da capital paulista e no interior do Estado, e outras questões relativas a essa preocupação social. O repórter Fábio Rubira ouviu a pesquisadora Maria Gorete Marques, do Núcleo de Estudos da Violência da USP e integrante do Comitê Nacional de Prevenção e Combate.
“Toda sociedade oscila entre, de um lado, um anseio por liberdade e, de outro lado, por um anseio por segurança. Quando tenho tenho um anseio muito grande de segurança, eu tenho que restringir a liberdade”, enfatiza o professor.
Apresentação “Diálogos na USP”, de Marcello Rollemberg; produção, Fabio Rubira e SIlvana Pires; trabalhos técnicos, Márcio Ortiz e Juarez Molinari