Verba destinada à saúde deve priorizar atendimentos básicos

Para especialista, recursos destinados à área são insuficientes e mal distribuídos

 23/01/2018 - Publicado há 6 anos

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi elaborado a partir da Constituição de 1988,  que previa atendimento universal e gratuito a todos os cidadãos. Depois de quase 30 anos atuando, o programa alterna críticas e elogios de especialistas e da população. No entanto, quem não depende desse serviço opta pelos planos de saúde privados. Esse cenário gera um debate sobre o financiamento do setor no País e o modo como ele é feito. Para Áquilas Mendes, professor no Departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP, a saúde não recebe a devida importância pelo governo federal. Atualmente, um volume correspondente a 8,5% do PIB é gasto na área, mas somente 3,9% para o serviço público, o que é insuficiente, na opinião dele.

O professor também criticou a gestão no setor. Cerca de 20% do montante destinado à saúde pela União é utilizado no atendimento básico. Já a área hospitalar, responsável por procedimentos mais complexos, recebe cerca de 50%. Para ele, o objetivo é inverter esse cenário, porque esse tipo de atendimento mais simples, se qualificado, serve como forma preventiva para os casos mais graves, que demandam maior investimento. Dessa forma, ocorreria uma economia de gastos e maior eficiência no atendimento aos cidadãos.

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