Um dos maiores projetos de extensão da USP Bauru começou quando, em abril de 2020, havia carência de diagnóstico molecular para covid-19 por meio da técnica RT-PCR, que detecta o RNA do vírus. A Rede USP para o Diagnóstico da Covid-19 (Rudic) levantou os laboratórios que tivessem capacidade para realizarem o RT-PCR. A partir de junho de 2020, uma parceria com o Instituto Butantan aumentou em larga escala a realização de testes diários, uma vez que, além dos insumos, equipamentos que automatizam partes do processo e análise das amostras foram concedidos pelo instituto.
Ao Jornal da USP no AR 1ª Edição, o professor Carlos Ferreira dos Santos, diretor do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da USP, em Bauru, explica que a testagem é a base do enfrentamento à pandemia, porque assim são feitos os diagnósticos dos infectados, a determinação do tipo de isolamento que deve ser feito e formas de tratamento. “Teríamos que fazer testagens e retestagens em larga escala justamente para termos esse rastreamento de por onde o vírus está passando, para que nós diminuíssemos a contaminação”, afirma o professor.
Sem o Instituto Butantan, o controle da pandemia teria sido muito mais difícil. Ele conta que, no começo de abril, quando trabalhavam sem as máquinas, realizavam de 20 a 100 amostras, o que levou a um cansaço muito grande da equipe. Com a chegada dos extratores automáticos da primeira parte do processo, o trabalho foi potencializado. “Saímos daquelas 20 amostras para uma rotina diária de em média 400 amostras por dia, já chegando a 760 amostras, mostrando com clareza o aumento da capacidade do laboratório após a parceria com o Instituto Butantan”, conta o diretor.
As redes auxiliadas pelo Instituto Butantan em Bauru somam três laboratórios e, segundo o diretor, “nosso laboratório ontem (18) ultrapassou a marca de 68 mil amostras analisadas, portanto, veja que o ritmo é muito acelerado por aqui e ficamos muito orgulhosos e felizes em podermos dar essa contribuição para Bauru e outros 38 municípios da região, que encaminham as amostras ao Instituto Adolfo Lutz”. Na rede de diagnósticos, são 20 mil testes por dia e, em 12 meses, o resultado ultrapassou os 2,6 milhões de laudos emitidos, segundo dados do Instituto Butantan.
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