O câncer de próstata é o tipo mais comum a atingir os homens, chegando a 29% dos casos da doença no País. Uma estimativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer) aponta que 65.840 novos casos devem surgir no período de 2020 a 2022. Somente neste ano de 2021, o número de casos novos chega a quase 70 mil. Situada na saída da bexiga, a próstata é uma pequena glândula que tem como função produzir o esperma, um líquido que conduz os espermatozoides até o útero da mulher, permitindo a fertilização dos óvulos. Dois problemas podem ocorrer nessa glândula, passada a fase reprodutora masculina.
Segundo o urologista Miguel Srougi, professor titular de Urologia da Faculdade de Medicina da USP, “primeiro há um crescimento benigno que surge na glândula e tende a obstruir o canal da uretra, mas também pode surgir o câncer da próstata, com uma degeneração das células que se malignizam”. Cerca de 90% dos homens vão ter crescimento benigno e a descoberta na fase inicial permite grandes chances de cura.
Alguns fatores favorecem o desenvolvimento do câncer de próstata. Segundo Srougi, o “primeiro são os fatores hereditários. A etnia também oferece uma predisposição à doença. Os negros têm mais câncer de próstata que os brancos, já os indivíduos ocidentais e os índios têm menos chance de desenvolver a doença. Uma curiosidade em relação ao problema é que, quando os asiáticos, que têm menos chances de desenvolver a doença, migram para o Ocidente e assumem seus hábitos e estilo de vida, passam a ter mais chance de desenvolver o câncer de próstata. Isso demonstra que fatores ambientais, estilo de vida e alimentação favorecem, de alguma forma, o desenvolvimento da doença”.
Os exames periódicos e preventivos são muito importantes, porque, em sua fase inicial, a doença não apresenta sintomas. Eles devem ser realizados a partir dos 50 anos, quando começa a surgir com mais frequência esse tipo de câncer; já quando há casos na família, isso pode ser feito mais cedo e a avaliação deve ser iniciada antes dos 45 anos. O exame de toque e a dosagem de PSA no sangue são os métodos mais eficientes para detectar a doença. O tratamento pode ser cirúrgico, radioterápico ou hormonal.
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