TSE pode punir post patrocinado e mecanismo de busca na internet

Para professor, proposta do Tribunal é ingênua quanto à disseminação de mentiras na internet

 06/11/2017 - Publicado há 6 anos

O risco de publicações de notícias falsas é preocupação do governo para as eleições de 2018. Para tentar se prevenir das consequências desse fenômeno no ano que vem, o Tribunal Superior Eleitoral, a Polícia Federal, o Exército, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o governo federal têm feito reuniões com representantes das empresas Google e Facebook.

Segundo o professor da Faculdade de Direito (FD) de Ribeirão Preto da USP, Daniel Falcão, a tendência é o TSE ser excessivamente regulador e impedir o impulsionamento de postagens que não sejam do próprio candidato. Na visão dele, essa medida é ingênua.

Falcão explica que essa limitação não vai impedir a disseminação das notícias falsas. Para ele, mesmo que as empresas excluam as postagens falsas, é bem provável que a notícia já tenha alcançado um grande público quando isso for feito.

Ainda assim, o professor considera que a iniciativa vem com a intenção de evitar que Google e Facebook se isentem de agir nessa questão, como acontece nos Estados Unidos.

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