Telemedicina é ferramenta de apoio no enfrentamento à covid-19

Recurso permite diagnóstico por imagem e interação entre profissionais e até atendimento on-line de pacientes

 27/03/2020 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 17/04/2020 as 19:44
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A RUTE, Rede Universitária de Telemedicina, criou um Grupo de Interesse Social (SIG, sigla em inglês) em caráter emergencial para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. O objetivo é congregar os hospitais terciários, universitários, públicos e privados que vão realizar o tratamento dos casos de maior gravidade.

O foco é trocar experiências não somente entre profissionais do Brasil, mas também do exterior, como China, Itália, EUA e outros países. Serão três reuniões semanais, inicialmente às segundas, quartas e sextas-feiras, ao meio-dia, no horário de Brasília, com duração de 1 hora para cada reunião. As reuniões ocorrerão por webconferência. 

A cada reunião, um convidado de referência terá 20 minutos para falar e, em seguida, ocorre o debate sobre o tema apresentado, além das dificuldades enfrentadas pelos hospitais no combate ao novo vírus. A intenção, conta o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Paulo Mazzoncini de Azevedo Marques, é trazer para as discussões as lideranças de cada hospital, principalmente de profissionais de saúde e especialidades médicas e científicas ligadas ao atendimento do novo coronavírus.

Telemedicina – Foto: Francisco Emolo / USP Imagens

Para Azevedo Marques, que coordena o Núcleo RUTE do Hospital das Clínicas da FMRP, a rede é uma das ferramentas disponíveis para tratar do enfrentamento da covid-19, já que reúne 147 hospitais e instituições de pesquisa de todo o País. A telemedicina, continua o professor, pode ajudar em períodos de quarentena e isolamento social como o que o País e o mundo estão vivendo, principalmente porque evita contatos físicos e encurta distâncias, ganhando tempo.

Embora ainda não tenha criado protocolos do uso da telemedicina para o combate ao novo coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS)  “adotou a ferramenta há mais de dez anos”, assegura Marques, dizendo que “há relatos de uso da telemedicina em várias partes do mundo no enfrentamento à pandemia.”

Informa ainda que, em função da pandemia, o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou o uso da telemedicina para facilitar a interação entre médico e paciente. Ele acredita que, após a pandemia, o próprio SUS poderá incorporar a telemedicina como ferramenta, baseado na experiência do combate ao novo coronavírus.

 

Para saber mais sobre a RUTE basta acessar https://rute.rnp.br/.

 

Ouça a entrevista no link acima.


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