Superpopulação agrava crise nos presídios

O aumento do número de presos inviabiliza qualquer tentativa de humanizar o ambiente nos presídios brasileiros

 23/01/2017 - Publicado há 7 anos

Acompanhe a entrevista da jornalista Silvana Pires com o professor Alvino Augusto de Sá, da Faculdade de Direito da USP, a primeira de duas entrevistas sobre a crise nos presídios:

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O problema básico é a superpopulação carcerária - Foto: Agência Brasil
“O problema básico é a superpopulação carcerária”, diz o professor Alvino Augusto de Sá – Foto: Agência Brasil

De repente, a rebelião em presídios parece ter virado moda, ainda que uma moda chocante, sangrenta e impiedosa.  A primeira delas aconteceu na virada do ano, em Manaus, onde a guerra entre facções rivais deixou um saldo de 60 mortos.  Cinco dias depois, em nova rebelião, dessa vez em Boa Vista, Roraima, outros 33 detentos perderam a vida.  O mais recente conflito entre detentos se deu no sistema prisional do Rio Grande do Norte.  Entre a tarde de sábado, dia 14, e a manhã de domingo, dia 15, 26 presos morreram.

Os três massacres nesses presídios, sempre envolvendo a disputa pelo poder entre grupos rivais, fizeram um total de 119 vítimas.  O problema é grave, complexo, e de nenhuma maneira acidental.  Essas rebeliões são anunciadas, diz o professor Alvino Augusto de Sá, do Departamento de Criminologia Clínica da Faculdade de Direito da USP.  Ele acompanha de perto a situação dos presídios do País, tendo trabalhado 33 anos no sistema prisional.  Em entrevista à repórter Silvana Pires, o professor afirma: o problema básico é a superpopulação carcerária.

 


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