Sobrevivência dos jornais impressos depende da manutenção de públicos diferenciados

Para colunista, é importante que as edições impressas atendam ao público mais velho além dos leitores mais jovens

 29/07/2019 - Publicado há 5 anos

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As versões impressas dos jornais ainda são muito lidas por pessoas com mais idade. No Brasil os principais leitores de mídia impressa têm idade média de 60 anos. Para o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, as empresas jornalísticas precisam decidir se devem ou não olhar com mais cuidado para este público mais velho – mas sem deixar de lado o mais jovem. Ao mesmo tempo em que o público mais velho é mais fiel ao veículo impresso e mais adepto de textos mais longos e com maior profundidade, abrir mão do público mais jovem significaria o fim das versões impressas no longo prazo. “Não tenho dúvida que as versões digitais são cada vez mais importantes e deverão ter cada vez mais destaque e precedência sobre as versões impressas.”

Lins da Silva aponta como possível caminho a ser seguido a segmentação das edições para os vários públicos: cadernos para o público mais idoso e outros para o mais jovem. Segundo ele, o ideal seria até uma terceira segmentação, para as crianças, para ensiná-las a ler jornal impresso. No entanto, ele destaca que os custos para isso talvez não sejam compatíveis com a realidade financeira das empresas jornalísticas. “Decisões difíceis têm que ser tomadas por empresas jornalísticas porque os tempos são complicados para elas”, observa.

Ouça no link acima a íntegra da coluna Horizontes do Jornalismo.


Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção  da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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