Sérgio Moro e corrupção : Teoria Institucional explica relação

Grupos poderosos tendem a querer o fim de operações que colocam em riscos interesses dentro da máquina do Estado

 12/06/2019 - Publicado há 5 anos

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Nesta semana, a coluna Reflexão Econômica, do professor Luciano Nakabashi, traz um pouco sobre a Teoria Institucional, em que explica como a relação de alguns fortes grupos de interesse afetam a economia e a política de um país. O professor relaciona os últimos acontecimentos, que envolvem o ministro Sérgio Moro e mensagens privadas atribuídas a ele, com a teoria e “como esses grupos se utilizam de qualquer tipo de evidência para enfraquecer as operações que vão contra seus interesses”.

Nakabashi diz que grandes operações, como a Lava Jato, atingem diretamente, com prisões e perdas de mandatos, pessoas poderosas de grupos de interesse que comandam o Brasil. Demonstra que, de fato, a corrupção é uma das causas que seguram o desenvolvimento do país, utilizando-se da máquina do Estado para alcançar os objetivos desses grupos.

Entretanto, ele complementa que é necessário investigar tais mensagens e que as regras precisam ser seguidas. “É claro que tem que se analisar o que foi de fato dito e aplicar as penalidades cabíveis, caso algo demais tenha ocorrido”, diz Nakabashi.

Para o professor, é preciso a continuidade da Lava Jato e o início de novas operações que visem a reduzir a corrupção no Brasil. Com isso, as pessoas das classes mais baixas, aquelas que mais perdem com a corrupção, podem ter mais oportunidades no País.

Ouça a íntegra do comentário de Luciano Nakabashi no link acima.


Reflexão Econômica
A coluna Reflexão Econômica, com o professor Luciano Nakabashi, vai ao ar quinzenalmente,  quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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