Retomada do trabalho presencial requer protocolos para gestão da qualidade de vida

De acordo com Ana Cristina Limongi-França, existem muitas dissonâncias e nem todos os profissionais se sentem seguros para o retorno presencial, por isso é importante adotar protocolos de cuidado psicológico além do sanitário

 11/08/2021 - Publicado há 3 anos
O modelo híbrido representa uma nova modalidade de qualidade de vida virtual por combinar o âmbito presencial com o remoto

As dinâmicas de trabalho foram profundamente impactadas pela pandemia. Depois dos ajustes que foram necessários, como o home office, o momento agora é de retomada e trabalho híbrido. Um estudo do Núcleo de Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho (GQVT-Insight) demonstra os novos desafios e cuidados com a qualidade de vida durante esse período.

Ana Cristina Limongi-França, professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP e coordenadora do núcleo, conta que o modelo híbrido representa uma nova modalidade de qualidade de vida virtual por combinar o âmbito presencial com o remoto. “A gente está se conhecendo e conhecendo as novas realidades”, diz ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição.

Inicialmente o estudo foi amplo e os questionários divulgados pelas redes sociais. Posteriormente, foi segmentado para professores. Segundo Ana, as principais descobertas estão relacionadas à sobrecarga de trabalho doméstico. Também foi identificado o orgulho de ter um professor na família, de modo que isso melhorou a qualidade de vida desses docentes, mesmo eles estando mais cansados. 

Na fase de transição e trabalho híbrido, a sobrecarga com tarefas domésticas se mantém e aparecem mais relatos sobre esgotamento e sobrecarga do trabalho como docente. “Outra questão que a gente observou é o medo da atividade presencial”, acrescenta a professora. 

Segundo ela, existem muitas dissonâncias e nem todos os profissionais estão seguros em relação ao retorno presencial. Por isso, é preciso “diferenciar os protocolos de orientação para a gestão da qualidade de vida”. “É preciso um cuidado para cada contexto”, afirma. Para Ana, esse cuidado não deve ser adotado apenas com a questão sanitária, mas também com as questões psicológicas e de produtividade.

A segunda fase do estudo está em desenvolvimento e será lançada em setembro para investigar os desafios do modelo híbrido. Os dados obtidos até agora podem ser encontrados no site www.nucleogqvt.com.br.


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