Em acordo, 18 dos 28 países-membros da União Europeia resolveram renovar a licença para o uso do glifosato na agricultura do bloco. O herbicida mais popular do mundo, manuseado para o controle de mato e ervas daninhas, foi classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como provavelmente cancerígeno, algo que ligou o alerta dos consumidores da cultura regional.
Sobre o assunto, a Rádio USP conversou com o professor Arquimedes Lavorenti, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq). Lavorenti, assim como órgãos europeus de segurança alimentar e controle de produtos químicos, defende que não existem provas suficientes para classificarmos o glifosato como cancerígeno.
O problema, no entanto, pode estar ligado à dosagem e ao tempo de exposição ao herbicida — algo que afetaria os aplicadores e trabalhadores da lavoura. Em entrevista, o professor Carlos Armênio Khatounian — também da Esaql — não nega a facilidade e eficácia da produção com agrotóxicos. No entanto, na opinião do especialista, os danos causados à terra não compensam a rapidez, e a cultura orgânica, mesmo demandando maior conhecimento, ainda é a melhor saída.
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