Relação entre glândula parótida e nervo facial tem implicações na paralisia

Por essa relação anatômica, tumor na cabeça, pescoço ou inflamação no nervo são principais causas de paralisia facial

 15/10/2018 - Publicado há 5 anos
Por

Na primeira edição do Anatomia Responde desta semana, o professor Luis Fernando Tirapelli fala sobre a sintopia localizada na cabeça, descrevendo a relação anatômica entre a glândula parótida e o nervo facial. Essas são as maiores glândulas salivares, e cada uma delas possui uma porção que é superficial e outra profunda. O nervo facial, sétimo par de nervo craniano, está no intervalo entre essas partes.

Internamente ao tecido funcional da glândula, esse nervo se divide em dois ramos, que dão origem a cinco ramos terminais que têm a função de movimentar voluntariamente os músculos da expressão facial. Por isso, quando a glândula é acometida por um tumor maligno, é altamente invasivo, causando paralisia periférica unilateral, que é apenas de um lado da face. Internamente ao tecido funcional da glândula, a formação da veia retromandibular e a origem dos ramos terminais da artéria carótida externa também podem ser comprimidas pelo tumor.

De acordo com Tirapelli, a paralisia pode ser causada por diversos fatores. Quando é gradual ocorre devido a tumor na cabeça ou pescoço. No caso de perda repentina, as principais causas são infecção e inflamação do nervo facial, ou ausência de irrigação sanguínea.

O boletim Anatomia Responde é produzido pelo professor Luis Fernando Tirapelli, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, e pode ser conferido na íntegra no áudio acima.


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.