Na última quinta-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou o grau de investimento do Brasil do nível ‘BB’ para o ‘BB-‘, três abaixo daquele considerado como bom pagador. A agência, em comunicado oficial, explicou que esse corte deve-se, entre outros fatores, à demora na aprovação de reformas fiscais, como a previdenciária. Contudo, o rating soberano foi classificado como estável, o que significa que não estão previstos outros rebaixamentos nos próximos anos.
Para Leda Maria Paulani, professora da Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA), tal rebaixamento já era esperado. Em meio a uma crise, a economia de um país sofre desajustes nas contas públicas. Dessa forma, é normal esse corte, explica. A especialista coloca também que as agências de classificação de risco mostram, antes de tudo, o interesse dos mercados financeiros. Assim, a intenção é pressionar a classe política brasileira a aprovar essas reformas. A professora cita, ainda, que uma reforma da Previdência imediata não teria impacto a curto prazo na economia do País.
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