Raio-x ajuda a encontrar pinturas “escondidas” em obras

Professora do Instituto de Física da USP fala como técnica auxilia em análises e preservação de pinturas

 21/03/2018 - Publicado há 6 anos

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O raio-x, conhecido por sua aplicação comum na área da saúde, também é utilizado para a recuperação e análise de obras de arte. A professora Márcia de Almeida Rizzutto, do Instituto de Física (IF) da USP, falou sobre os benefícios da utilização desses instrumentos no estudo das pinturas.

Através da radiografia, algumas vezes associada a outras técnicas como infravermelho e ultravioleta, é possível realizar um “dossiê” sobre a obra em questão. Márcia de Almeida comenta que a pintura A Negra, de Tarsila do Amaral, uma das principais obras do MAC, foi totalmente examinada antes de ir para exposição no Museum Of Modern Art (MOMA), em Nova York. Dessa forma, consegue-se salvaguardar a obra e até analisar quaisquer tipos de alteração.
A especialista conta ainda a respeito do valor das técnicas para a história e para a conservação dessas obras. Por meio do raio-x,  é possível identificar pinturas subjacentes, o que aconteceu recentemente com a obra The Crouching Beggar, do artista Pablo Picasso. Assim,  entende-se melhor o processo criativo do pintor, quando ele fez essas alterações ou, ainda, identificar mudanças que foram feitas posteriormente.

Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

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