Projeto da USP simula reuniões da ONU e discute assuntos atuais

O USPMUN é aberto para alunos de todas as áreas do conhecimento, e até de fora da USP

 16/10/2018 - Publicado há 6 anos

jorusp

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No projeto Modelo de Simulação das Nações Unidas da USP (USPMUN), estudantes simulam reuniões de comitês da Organização das Nações Unidas (ONU). A iniciativa permite que alunos da Universidade e de outras instituições exercitem a retórica com discussões sobre política internacional. Desde a sua fundação, em 1945, a Organização das Nações Unidas tem papel fundamental na ordem mundial, funcionando como ferramenta para solucionar conflitos entre países por meio da diplomacia. Mesmo assim, são poucas as pessoas que entendem como funcionam as Nações Unidas. O projeto é uma oportunidade de os alunos aprenderem isso na prática. A ideia é trazer para o meio acadêmico as mesmas discussões, promovendo conscientização e debate sobre pautas importantes da política internacional.

A professora Janina Onuki, diretora do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP, conta que na edição de 2018 do projeto quase 200 alunos participaram e simularam cinco comitês, discutindo assuntos importantes na conjuntura atual. Ela cita como exemplo o Conselho Europeu, que discutiu o Brexit, e o Comitê da Organização dos Estados Americanos (OEA), que discutiu a crise migratória venezuelana. A experiência é extremamente rica, na medida em que os alunos atuam efetivamente como diplomatas.

Janina explica que o evento foi aberto a estudantes de qualquer instituição, então houve participação não só da USP, mas de diversas universidades, públicas e privadas, sendo a maioria do Estado de São Paulo. Ela lembra, no entanto, que a organização foi feita por alunos do IRI, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), da Escola Politécnica (Poli) e da Faculdade de Direito (FD), todos da USP. Para a professora, a atividade é uma oportunidade de complementar os cursos regulares que os alunos têm, e que esse tipo de abordagem vem fazendo cada vez mais parte da didática das graduações. O projeto dá oportunidade aos alunos de exercitar sua capacidade retórica, de negociação, de diálogo, respeito e cooperação, e segundo Janina tem sido muito positivo.

Por fim, a diretora do IRI afirma que os alunos que organizaram o evento neste ano de 2018 ficaram como consultores para a edição de 2019, que já está sendo organizada, demonstrando que o projeto veio para ficar. Ela conta que o projeto recebeu diversos apoios externos, e até mesmo da Reitoria.


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