Programa In.cube do HC abre inscrições buscando criar projetos com impacto social

Luciana Mattar explica as regras e o processo de elaboração de projetos tecnológicos na área da saúde

 02/08/2022 - Publicado há 2 anos
Hospital das Clínicas da FMUSP (HCFMUSP) recebeu pacientes com quadros graves associados à febre amarela antes de realizar o diagnóstico do SABV – Foto: Reprodução/HCFMUSP
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A edição 2022 do programa de estímulo à inovação In.cube do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP está aberta para colaboradores de outras instituições. A iniciativa é uma plataforma on-line de capacitação de pesquisadores, colaboradores e profissionais ligados ao HC e à FM para que desenvolvam produtos, processos e serviços de qualquer área da saúde com impacto social. As inscrições vão até o dia 1º de setembro.

Luciana Mattar – Foto: Arquivo pessoal

Realizado pelo Núcleo de Inovação Tecnológica do hospital, o InovaHC, a terceira edição do programa selecionará 16 projetos de inovação tecnológica. Participantes externos precisam incluir na equipe um responsável ou do HC ou da Faculdade de Medicina para acesso de alguns dados. A pandemia foi “um momento que pedia novas soluções, novos produtos, novos serviços e uma discussão de inovação em saúde”, reflete Luciana Mattar, gerente do InovaHC e coordenadora do projeto, ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição.

Além do ingresso por equipes, aqueles que não tiverem ideais no momento, mas disposição e experiência em algum aspecto da área da inovação, poderão se inscrever no Banco de Talentos, demonstrando seus interesses. “E aí, no futuro, quando essas equipes que estão dentro do programa estiverem precisando de ajuda, vamos propiciar um encontro para que tenhamos cada vez mais equipes multidisciplinares e completas para conseguir desenvolver suas tecnologias.”

Passos

Para fazer com que o projeto atenda às necessidades reais seguindo os parâmetros necessários, o programa In.cube é como uma “primeira mão estendida para ajudar aquelas soluções que estão lá no começo, […] que não sabem muito bem qual caminho seguir”, conta Luciana. São 22 semanas de jornada para entender como concretizar a ideia no mercado, uma das principais dificuldades enfrentadas pelos pesquisadores.

Algumas das etapas são: o encaixe entre o problema e a solução, para avaliar se a ideia realmente atende à questão, a partir de entrevistas com possíveis usuários e uma investigação profunda da problemática; depois, é gerado um protótipo de baixa fidelidade da tecnologia, que passará por uma banca parcial composta de professores e profissionais do mercado de saúde.

Na próxima parte, elabora-se o modelo de negócio, a partir da viabilidade financeira para que o produto chegue até o usuário final. “Utilizamos ferramentas para interação com potenciais clientes para termos algum retorno de satisfação e começar a construir versões experimentais desse produto, antecipar principais desafios e obstáculos”, observa Luciana e acrescenta: “Por fim, há uma demonstração da tecnologia para encontrar parceiros investidores e concretizar o projeto”.

Fotomontagem com imagens de Freepik e In.cube HC por Adrielly Kilryann/Jornal da USP

 


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