Problema não é falta de médicos, mas distribuição desigual

A avaliação é do professor Mário Scheffer, que coordenou o estudo “Demografia Médica no Brasil”

 27/06/2018 - Publicado há 6 anos
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É relativamente comum que, ao precisar de atendimento na saúde pública, a população reclame, e muito, da falta de médicos. O que conta aqui é o senso comum, que ganha credibilidade ao ser constatado na prática. A verdade, porém, não reside na falta de médicos, como constata o professor Mário Scheffer, da Faculdade de Medicina da USP, coordenador do estudo Demografia Médica no Brasil – 2018, realizado pela Universidade de São Paulo a partir de dados provenientes dos conselhos federal e regional de medicina.

De acordo com ele, o Brasil nunca contou com um número tão elevado de médicos, “o que não quer dizer que esses profissionais estão onde a população mais precisa”. Na verdade, o que Scheffer quer dizer é que existe uma distribuição desigual dos médicos em nosso país, uma má distribuição que é tanto geográfica quanto existente também no interior do sistema, uma vez que a falta de médicos é uma realidade no setor público, mas não no setor privado de saúde. Acompanhe a entrevista pelo link acima.


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