Primeiro semestre de vacinação em São Paulo já indica redução de casos da covid-19

“Conforme a vacinação foi avançando, principalmente nos grupos etários dos idosos, nós começamos a ver o resultado na queda de casos, internações e óbitos por mais de duas semanas seguidas”, avalia Paulo Rossi Menezes

 12/07/2021 - Publicado há 3 anos
Enfermeira Mônica Calazans recebe a primeira dose da vacina contra a covid-19. A vacinação completa seis meses no sábado, dia 17 – Foto: Govesp
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No próximo sábado (17), a vacinação no Estado de São Paulo contra a covid-19 completará seis meses. A data simbólica é acompanhada do anúncio do governo de São Paulo sobre a antecipação do calendário de vacinação da população paulista, medida possível após compra e liberação da Anvisa de mais 4 milhões de doses da Coronavac.

“Conforme a vacinação foi avançando, principalmente nos grupos etários dos idosos, nós começamos a ver o resultado na queda de casos, internações e óbitos por mais de duas semanas seguidas”, avalia Paulo Rossi Menezes, que é chefe do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e membro do Comitê de Contingência do Coronavírus em São Paulo, para o Jornal da USP no Ar 1° Edição.

Menezes ainda indica a redução no número de casos novos da covid-19 por meio da vacinação das faixas etárias que mais contribuem para esse dado. “Isso vai se estender ao longo do mês de julho, de forma que a partir de agosto teremos uma queda significativa no número de casos.” Ainda de acordo com ele, o segundo semestre de 2021 será melhor e mais tranquilo em comparação  aos meses anteriores: “No entanto, o vírus continua circulando e as variantes gama e delta também, de forma que ainda é preciso continuar nos protocolos sanitários com uso de máscara e distanciamento social para superar a pandemia”. A redução do tempo entre as doses de vacinas também está em discussão, “porque, de fato, a segunda dose aumenta a imunidade, especialmente em relação a algumas das variantes de preocupação”. Além disso, segundo Menezes,  também se discute a questão da vacinação das faixas etárias abaixo dos 18 anos para o retorno mais seguro às aulas presencias, das gestantes e de pessoas com doenças específicas.

Para Menezes, a cobertura da vacina já sinaliza o controle da pandemia com a redução de casos novos e de internações, mas é preciso continuar nesse ritmo para imunizar toda a população adulta com a primeira dose nos próximos meses, e a segunda o mais rápido possível. “Cada pessoa imunizada, independentemente da vacina, contribui para que a sociedade fique cada vez mais protegida.”


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