Parceria entre USP e Ipen já formou 2 mil alunos em Tecnologia Nuclear

Instituto oferece produtos e serviços cruciais na área de medicina e indústria automobilística

 17/10/2018 - Publicado há 6 anos

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O Momento USP Inovação desta semana, com a participação de Verônica Lopes, da Agência USP de Inovação (Auspin), apresenta a importância do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), localizado na Cidade Universitária. Wilson Calvo, superintende do Ipen, falou a respeito do órgão, que surgiu em 1956, a partir de um convênio firmado entre a USP e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), para promover projetos da área nuclear. O objetivo era coordenar a parte de aplicações da tecnologia nuclear para fins pacíficos como saúde, indústria, meio ambiente e agricultura.

Para Wilson Calvo, o instituto é especial porque tem o lado técnico administrativo ligado à Comissão Nacional de Energia Nuclear, que é uma instituição do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), tem também um vínculo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo e com a USP, onde mantém disciplinas para graduação e pós-graduação no Programa de Tecnologia Nuclear. Hoje já foram formados mais de 2.800 profissionais em tecnologia nuclear, na área de reatores, aplicações e materiais. “Seria muito difícil ser o que o Ipen é sem a USP”, comenta. Uma das grandes vertentes do instituto é a formação de capital humano, desde a parte de iniciação científica, graduação e também pós-graduação. Muitos dos projetos e equipamentos que existem na Universidade e no Ipen foram conquistados graças a essa parceria.

O superintendente diz que não adianta pesquisar, desenvolver e inovar, se isso não for transferido para a Universidade ou para a sociedade. Além dos projetos com a USP, há 16 anos a incubadora, que é uma parceria entre Ipen e USP e é administrada pelo Cietec, foi criada. Há mais de 112 empresas, que geram um faturamento de 15 milhões por ano. A ideia é abrigar alunos, pós-graduandos e startups para que os produtos desenvolvidos no Ipen cheguem à sociedade.

Ele traz exemplos que mostram a importância do Ipen para a sociedade. Na área de saúde, uma das maiores missões é suprir hospitais e clínicas com a questão de radiofármacos, usados para diagnósticos e terapia de doenças como câncer. O instituto é responsável, desde sua criação, por 40 milhões de procedimentos na medicina nuclear. Na área industrial, radiam fios e cabos elétricos para a indústria automobilística. Há ainda a preservação de bens culturais e a esterilização de produtos médico-cirúrgicos.

O Ipen possui ainda um Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), cuja missão é tornar o que é desenvolvido no instituto disponível para a sociedade. Há convênios de inovação e educacionais firmados e também a organização de workshops, para os quais órgãos como a Auspin, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) são convidados a ministrar palestras. Há ainda feiras de inovação tecnológica para divulgar esses produtos e processos para que possam ser compartilhados em parceria com a iniciativa privada.

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