O Governo anunciou que o Brasil teve um superávit comercial de US$ 67 bilhões no ano passado. Esse resultado é 40,5% maior que o registrado em 2016. Além dos argentinos, a China foi a grande responsável pelo saldo positivo na balança comercial, o que não é nenhuma novidade.
A China desbancou os Estados Unidos como maior parceiro comercial do Brasil há alguns anos. Segundo o Conselho Empresarial Brasil-China, entre 2000 e 2016, o montante de investimentos anunciados pela China no Brasil foi de US$ 80 bilhões de dólares.
A notícia mais recente da incursão chinesa no Brasil é o anúncio da compra do aplicativo de transporte individual brasileiro 99 Taxis pela gigante chinesa do setor, Didi Chuxing, que tem mais de 450 milhões de usuários em todo o mundo e quer competir com o Uber no Brasil e América Latina. O valor do negócio não foi informado, mas, há um ano, a chinesa comprou participação na empresa brasileira por US$ 100 milhões.
A aproximação da China com o Brasil começou a ganhar força a partir dos anos 90 do século passado através do agronegócio, com a exportação brasileira para o país asiático de commodities agrícolas.
A integração entre os dois países não para de crescer. Para José Carlos de Lima Junior, professor de pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas e que tem sua formação acadêmica da graduação ao doutorado na FEA de São Paulo, o problema maior é que o Brasil não sabe o que quer para si, enquanto a China sabe exatamente o que quer quando investe no Brasil.
Ouça a entrevista feita pelo jornalista Ferraz Junior, no link acima.