O impacto direto no desenvolvimento da fala de crianças foi mais um dos tantos efeitos negativos causados pela pandemia da covid-19. Mães, pais e crianças enfrentaram mudanças significativas que prejudicaram o exercício da linguagem.
Eliane Schochat, professora do Departamento de Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Fofito) da Faculdade de Medicina (FM) da USP, explica ao jornal Jornal da USP no Ar 1ª Edição que existem três fatores para o desenvolvimento da fala: genética, ambiente e estimulação.
“O ambiente mudou totalmente, as crianças saíram de um ambiente escolar, de brincar com outras crianças, para ficar dentro de casa com os pais”, afirma Eliane. “Na maior parte das vezes, esses pais estavam trabalhando, então a possibilidade dessa criança ser estimulada e ter conversas em um ambiente linguístico enriquecedor ficou muito truncada pela pandemia”, acrescenta.
A professora ressalta a importância de que pais e professores se mantenham atentos aos sinais de atraso no desenvolvimento da fala. Assim, é possível procurar ajuda de um especialista o quanto antes. “Já existem pesquisas que mostram que, se os pais não demorarem para levar o filho a uma fonoaudióloga, essa criança vai se desenvolver normalmente.”
Para estimular as crianças, Eliane recomenda a leitura de livros e outras brincadeiras que envolvam linguagem e som, como dança das cadeiras.
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