Os riscos da automedicação para regular a microbiota intestinal

Luiz Troncon diz que os laxantes são remédios e não devem ser consumidos sem supervisão médica

 03/08/2021 - Publicado há 3 anos
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A constipação intestinal atinge 30% da população, sendo mais comum em mulheres, normalmente por influência dos hormônios – Arte: Moisés Dorado

 

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Não existe sensação mais desagradável do que estar com o intestino mal regulado. Preso ou solto a situação é bem desconfortável, principalmente quando estamos fora de casa. Mas será que existe alguma “fórmula mágica” para resolver o problema?

Justamente por ter muitas variáveis a resposta é não. O gastroenterologista Luiz Ernesto de Almeida Troncon, professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP explica que “os probióticos, prebióticos e os simbióticos ajudam no funcionamento do intestino. Eles são alimentos, medicamentos ou produtos que regulam a nossa microbiota”.

Uma maneira mais simples de entender é que os probióticos são as bactérias benéficas do nosso organismo e os prebióticos são as fibras utilizadas por essas bactérias. A microbiota nada mais é do que a flora intestinal, onde existem as bactérias.

Sem dúvida a constipação, ou intestino preso, é a principal reclamação de quem vai a uma farmácia atrás de uma solução para o problema. Luiz Troncon alerta que os laxantes são remédios e não devem ser consumidos sem supervisão médica.

Os cuidados também servem para os chamados remédios naturais conhecidos como fitoterápicos. Alguns causam irritação no aparelho digestivo e outros acabam viciando o organismo a usar esses produtos.

A constipação intestinal atinge 30% da população, sendo mais comum em mulheres, normalmente por influência dos hormônios. O avançar da idade também pode causar uma disfunção, assim como alguns remédios.


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