O medo pode se tornar patológico, mas tem tratamento para controle

Cláudia Gracindo não fala em cura da fobia, mas em remissão e controle dos sintomas

 19/07/2022 - Publicado há 2 anos
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Amaxofobia – Foto: Pixabay
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Cláudia Ballestero Gracindo – Foto: Arquivo pessoal

Você já parou para pensar como os medos cercam nosso cotidiano? São vários e mudam de pessoa a pessoa. Às vezes a mesma pessoa tem vários e outras nem tanto. Essas fobias podem nos fortalecer ou nos paralisar. Existem casos em que o medo pode se tornar patológico. Quando esse estágio é atingido, o medo se manifesta de forma mais intensa do que o necessário e pode estar associado a coisas que não são um perigo real.

A professora e neuropsicóloga Cláudia Ballestero Gracindo, especialista em Análise do Comportamento e pesquisadora do Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, explica que esse medo surge de várias maneiras. Os transtornos de ansiedade estão sempre ligados a pelo menos três fatores: ao organismo de cada pessoa, experiências e modelos que foram vividos.

Cura ou controle

A amaxofobia, conhecido como medo de dirigir, é um deles. Cláudia alerta que os pacientes que chegam procurando ajuda normalmente têm outras comorbidades envolvidas nessa fobia de dirigir, além da ansiedade, que podem ser a timidez e a depressão. Ninguém vence o medo de uma hora para outra. E a forma mais fácil é criar metas para que, aos poucos, seja eliminado o que se teme. 

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Especialistas não falam em cura da fobia, mas em remissão e controle do sintoma. Ter coragem é encarar, se preparar para combater algo, ainda que gradativamente. Respeite seus limites, fale sobre a insegurança e dê continuidade, de forma que se sinta confortável.


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