“O rádio como ‘caixinha de música’ está com os dias contados há muito tempo”, é o que afirma Luís Fernando Santoro, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP. Segundo ele, tal forma de fazer rádio tende a desaparecer em vista da popularização dos serviços de streaming, como o Spotify, os quais promovem um conteúdo individualizado e personalizado, em oposição às rádios que trabalham no sentido de lançar tendências e priorizar certos gêneros musicais.
Entretanto, o especialista em comunicação ressalta que a função jornalística do rádio não será tão afetada e pode ser incorporada pelo streaming, mas é importante repensar a forma de informar. Isso porque os serviços de streaming individualizam o conteúdo e fica mais difícil propagar informações de interesse geral: “É muito mais difícil para um governo, um prefeito ou uma ONG, por exemplo, formar uma opinião pública em uma certa direção. É possível, mas é muito mais complexo e difícil”, afirma.
Para saber mais sobre como o rádio pode se adaptar às novas tecnologias, confira a entrevista completa no player acima.