Nova forma de tratar AVC é mais agressiva

O método foi apresentado durante o Congresso Médico de AVC no Havaí

 12/02/2019 - Publicado há 5 anos

Na coluna Minuto do Cérebro desta semana, o professor Octávio Pontes Neto fala sobre os resultados de um estudo apresentado no Congresso Médico de AVC, no Havaí, que comparava dois níveis de controles pressóricos durante a fase aguda do AVC, aplicados para pacientes que estavam recebendo tratamento com trombolíticos.

O professor conta que esses pacientes foram randomizados para um controle mais agressivo da pressão sistólica, comparando os resultados ao que é indicado nas diretrizes nacionais. E conta que o desfecho desse estudo era uma comparação entre a incapacidade funcional dos tratados nos dois grupos após noventa dias.

“Os resultados desse estudo mostraram que o controle agressivo não resulta em uma melhora da incapacidade funcional, entretanto, houve uma redução das complicações hemorrágicas, contra o tratamento trombolítico, o que é uma boa notícia, já que essa transformação pode ser grave e até fatal”, conta Pontes Neto.  

O tratamento pressórico é importante principalmente para os pacientes que estão recebendo o tratamento trombolítico, pois limita os riscos de uma hemorragia. O professor lembra que “geralmente o organismo de um paciente com AVC isquêmico tende a apresentar uma pressão elevada para diminuir o fluxo sanguíneo”.

Então, na fase de tratamento, é comum abaixar agressivamente a pressão do paciente, mas naqueles que vão receber o tratamento com trombolíticos o controle pressórico limita os sangramentos e pode ser feito com medicamentos de infusão contínua intravenosa.

Pontes conclui que “é importante notar que os resultados desse estudo em questão têm mostrado, acima de tudo, uma segurança enorme no tratamento com trombolíticos e que as taxas de sangramento foram muito baixas, comprovando que esse tratamento é extremamente eficaz”.

Ouça na íntegra a coluna Minuto do Cérebro.


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