Uma situação curiosa e aparentemente paradoxal. Assim o professor Carlos Eduardo Lins da Silva define o aumento, nos EUA, do número de jornalistas sindicalizados, uma vez que, de modo geral, os sindicatos – e especificamente os de jornalistas e de trabalhadores na indústria da cultura – naquele país passam por um momento de grande dificuldade, diminuição de influência e redução do número de associados, até porque houve enxugamento do quadro nas redações.
Então, esse aumento no número de jornalistas sindicalizados vai no sentido oposto ao que ocorre hoje nas indústrias cultural e jornalística. O colunista identifica ainda “um sentimento de rebeldia nas redações quanto à situação em que os jornalistas se encontram, não só do ponto de vista econômico, mas também político”. A realidade, diz Lins da Silva, é que o jornalismo passa por uma crise, a despeito do jornalismo independente ter crescido em diversos países, inclusive no Brasil. Em relação ao jornalismo norte-americano, há uma preocupação em não se vergar à influência ideológica de Donald Trump.
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