Neuropatia periférica é frequente em diabéticos

A fim de reverter o quadro, USP procura voluntários de 18 a 75 anos para um programa de exercícios de pés

 02/07/2018 - Publicado há 6 anos

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A neuropatia diabética está entre as três complicações mais frequentes que um paciente diabético pode sofrer. No entanto, o seu diagnóstico é difícil, o que faz com que o quadro se agrave de diabéticos que sofrem desse mal, mesmo não estando cientes. Para entender melhor sobre as causas e consequências dessa doença, o Jornal da USP no Ar conversou com o doutorando Renan Monteiro, do Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

Os sintomas mais comuns apresentados na fase inicial de um paciente diabético que tem neuropatia periférica são o formigamento, a falta de sensibilidade e pontadas constantes nos pés, e que tendem a piorar no período noturno. Sem tratamento, a neuropatia periférica pode causar danos permanentes aos nervos, sendo muitas vezes um problema incapacitante, o que pode vir a causar amputações dos pés.

Segundo Renan Monteiro, há um ciclo vicioso, pois, com o tempo, o paciente vai perdendo a capacidade de locomoção, o que o torna mais sedentário, piorando seu quadro, já que aumenta a taxa de glicose no sangue. E embora a doença em si não tenha um público-alvo, os homens são os que mais sofrem pelo fato de serem os que menos cuidam de seus pés.

É imprescindível, para um paciente, o acompanhamento médico para o controle glicêmico e neurológico. O doutorando também destaca a importância de comunicar ao médico qualquer sintoma parecido, e lembra que apenas este pode orientar qual medicamento é mais adequado para determinado quadro. Ele ressalta que há outras causas para a neuropatia e, mesmo que um indivíduo não diabético apresente sintomas parecidos, ele precisa procurar um neurologista.

A USP está procurando voluntários diabéticos para um programa de exercícios de pés. O objetivo é combater e até reverter o quadro, além de descobrir quais são os efeitos desse fortalecimento específico para os pés. Os voluntários precisam ser homens e mulheres de 18 a 75 anos que:

  • Não sofreram amputação nos pés
  • Não fizeram cirurgias nas pernas recentemente
  • Não podem fazer fisioterapia durante o estudo
  • Tenham acesso a computador/celular com internet

Para mais informações: (11) 3091-8426 ou e-mail rctdiabetes@gmail.com

Jornal da USP no Aruma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

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