Momento é de transição do modelo de produção e de consumo

Para João Amato Neto, o consumo sustentável deve ser pensado nas dimensões sociais, além das já conhecidas dimensões econômica e ambiental, temas a serem discutidos em seminário

 07/12/2020 - Publicado há 3 anos

O Jornal da USP no Ar recebeu hoje (7) João Amato Neto, professor titular sênior do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica (Poli) da USP, para comentar sobre a segunda edição do Seminário Economia Circular e Sustentabilidade na Cadeia Produtiva, evento promovido pela Fundação Vanzolini, da qual Amato Neto é diretor-presidente, com patrocínio da Poli e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP). O evento terá início às 9h, no dia 10 de dezembro, com debates e palestras programados ao longo de todo o dia.

O professor explica que o seminário abordará diversos aspectos da produção sustentável, tais quais concepção, projeto, desenvolvimento de produtos e processos de implementação de estratégias. “É possível, sim, existir um consumo sustentável, o qual deve ser pensado nas dimensões sociais também, além das já conhecidas dimensões econômicas e ambientais. Os empreendimentos têm cada vez mais esses requisitos como norte, e é esse o nosso foco de atenção no seminário”, aponta.

Segundo ele, este é um momento de transição de paradigma de produção e de consumo, o que pode e deve ser auxiliado por meio de políticas públicas. O Estado tem papel fundamental, de acordo com Amato Neto, de estimular empresas e penalizar aquelas que eventualmente não cumprirem com os acordos de sustentabilidade. “Estamos passando da produção em massa para a produção sustentável, além do advento do consumo consciente”, explica o professor.

Ele conclui apresentando os chamados investimentos de impactos socioambientais: “Impactos no sentido de transformar a realidade com vistas a uma sociedade mais sustentável, o que todos desejamos”. Ele cita, como exemplo já comum na Europa, os investimentos ESG, sigla em inglês para meio ambiente, social e governança. No Brasil, temos o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), o qual, “apesar de pouca adesão, com menos de 30 empresas, abrange 12 setores da economia e apresentou uma valorização acima do Ibovespa”.

O evento será transmitido on-line pela plataforma Zoom. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo Sympla neste link

Ouça a íntegra da entrevista no player. 


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