Medidas de austeridade após 2008 comprometem mercado de trabalho

Em seu livro, professor Ruy Braga aborda a questão da precarização do trabalho em Portugal, África do Sul e Brasil

 12/09/2017 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 13/09/2017 as 14:09

O livre-docente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Ruy Braga, realizou um estudo de comparação etnográfica sobre o trabalho precarizado em Portugal, África do Sul e Brasil, publicado no livro “A Rebeldia do Precariado”, editado pela Boitempo. Após a crise de 2008, as medidas de contenção de gastos governamentais adotadas por diversos países precarizaram a situação dos trabalhadores.

Diante desse cenário, o professor comparou etnograficamente os desdobramentos das medidas sobre setores como o direito do trabalho na África do Sul, Portugal e Brasil. Ele explica que atualmente, na África do Sul, ter um emprego não evita que o indivíduo entre na condição de miséria – o que é efeito da retirada da proteção do trabalho. Em Portugal, esses cortes governamentais foram aprovados mesmo sob o governo do Partido Socialista.

Para o professor, esse deve ser o cenário a ser encontrado no Brasil após a generalização das alterações no mercado de trabalho, promovidas pela Reforma Trabalhista. Ruy Braga considera que a solução é a união dos trabalhadores precarizados com movimento sindical organizado, em um sindicalismo de movimentos sociais.

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