Martin Grossmann fala sobre os “cientistas e intelectuais modernistas” da USP

Em sua coluna na Rádio USP, o professor critica a ausência de mulheres na ciência modernista que, ao mesmo tempo em que está voltada para o desenvolvimento da sociedade, tende a rechaçar a diversidade

 12/10/2016 - Publicado há 8 anos     Atualizado: 10/04/2017 as 17:21

Ouça a seguir a íntegra da coluna do professor Martin Grossmann

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Edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) - Foto: Gabriel Fernandes via Wikimedia Commons
Edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) – Foto: Gabriel Fernandes via Wikimedia Commons

O ex-reitor da USP José Goldemberg e o arquiteto João Batista Vilanova Artigas (1915-1985) são dois exemplos de “cientistas e intelectuais modernistas”, aqueles que atuam com um projeto de futuro e uma visão de desenvolvimento, sempre com o objetivo de trazer benefícios à sociedade. Grossmann cita ainda Mário Schenberg, João Evangelista Steiner, Isaias Raw, Antonio Candido, Florestan Fernandes, Alfredo Bosi e Walter Zanini, entre vários outros.

Grossmann critica, porém, a ausência de mulheres nessa lista de “cientistas modernistas”. Para ele, a ciência modernista é hierarquizada, com uma estrutura masculina que tende a rechaçar a diversidade. “Ela tem um olhar claro, preciso, focado para projetar um país, uma ciência, visando ao desenvolvimento, mas ao mesmo tempo possui essa estrutura linear que tem dificuldade de absorver outras perspectivas”, diz Grossmann, acrescentando que, na “pós-modernidade”, esse quadro mudou e hoje a ciência admite maior pluralidade.


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