Maioria dos idosos com osteoporose não sabe que tem a doença

Ortopedista alerta para a importância da investigação precoce da condição óssea, principalmente nas mulheres

 19/04/2018 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 25/05/2018 as 13:46

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Uma pesquisa realizada no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP revelou que três em cada quatro idosos com fratura ignoram ter osteoporose. No HC, 330 pacientes internados com fratura de fêmur causada por fragilidade óssea foram ouvidos. Desses, só 24% disseram saber ter a doença e apenas 8% afirmaram estar em tratamento. Marcos Leonhardt, médico do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC, alerta para a necessidade de se investigar precocemente a condição óssea dos idosos, principalmente das mulheres, já que essas fraturas costumam ter alto teor incapacitante.

O doutor conta que são muito comuns os casos de refratura em idosos quando há uma segunda fratura depois ou durante o tratamento da primeira. Nessas situações, a perda de independência é ainda mais grave e aumenta a taxa de óbito no primeiro ano após o acidente.  

Como prevenção, Leonhardt atenta para a importância da densitometria óssea, exame que mede a densidade dos ossos. O médico lembra que as mulheres devem realizá-lo já no período da menopausa. Além disso, a alimentação é fator essencial de prevenção. Alimentos ricos em cálcio, como derivados do leite e folhas escuras, devem estar na dieta. A exposição ao sol também é importante, por estimular a produção de vitamina D, responsável pela incorporação do cálcio ao osso. Por último, a atividade física tem papel fundamental no aumento de massa óssea, mas deve ser sempre recomendada e acompanhada por profissionais, que avaliam os diferentes casos e limitações, conclui o médico.

Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

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