Maior uso de bicicletas pede mudança de mentalidade do paulistano

Compartilhamento de bicicletas vira febre e, segundo especialista, ajuda na mobilidade urbana

 05/10/2018 - Publicado há 6 anos
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Um serviço de compartilhamento de bicicletas, fornecido pela empresa Yellow, virou febre nas regiões em que está disponível em São Paulo. No mês passado, foram disponibilizadas 500 bicicletas na zona oeste da cidade. Agora, a estimativa é que já são 2 mil bicicletas disponíveis. A intenção da empresa é expandir esse número para 20 mil até novembro e iniciar 2019 com 100 mil bicicletas.

Marcelo Silva Oliveira, professor do Departamento de Projetos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, explica os impactos do compartilhamento de bicicletas na cidade. Segundo ele, a mobilidade urbana depende do número de passageiros transportados e da união dos modais de transporte. Portanto, esses aplicativos, quando somados aos outros, melhoram a mobilidade urbana. Ele compara a uma árvore, em que transportes como Metrô e ônibus são o tronco. As bicicletas seriam os “galhos”, ramificações que levam menos pessoas, mas fazem parte da mobilidade.

O professor ressalta que, caso o volume de bicicletas cresça muito, será necessária uma mudança na cidade. “A cidade tem que mudar nas vias, em alguns dos acessos e sobretudo a cabeça das pessoas.” Para o arquiteto é necessário mais respeito, aos ciclistas e também aos pedestres, para que se consiga incorporar esse modelo de transporte ao dia a dia do paulistano.

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