Na coluna Ciência e Cientistas, o professor Paulo Nussenzveig compartilha seu otimismo com o futuro da ciência brasileira e, por extensão, do próprio País. “Esse otimismo deriva do contato próximo, na quinta-feira passada (21), com entusiasmados cientistas muito jovens”, conta. “Tenho participado da comissão de seleção de bolsistas para um programa de verão no Instituto Weizmann, em Israel. Esse programa reúne jovens do mundo inteiro para passarem três semanas realizando pesquisas científicas nos laboratórios do instituto e mais uma semana em atividade de campo, no deserto.”
O professor comenta que a associação de amigos do Instituto Weizmann do Brasil financia bolsas de estudo para cobrir as despesas de quatro estudantes brasileiros a cada ano. “Um estudante é selecionado na Febrace, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia. Os outros três são selecionados por um processo em duas etapas: ao se inscreverem, os estudantes precisam submeter um texto descrevendo seus interesses e as atividades que já realizaram até o presente”, afirma. “Neste ano, foram mais de 400 inscritos, do Brasil inteiro, que tiveram seus textos lidos e avaliados por uma comissão de cientistas das nossas universidades. Aqueles considerados mais promissores pela comissão foram convocados para entrevistas, realizadas no campus da USP ou remotamente, via Skype.”
Nussenzveig relata que na Febrace visitou alguns projetos pré-selecionados e ficou encantado com a qualidade, a seriedade e competência de trabalhos de pesquisa realizados por estudantes pré-universitários. “Passar um dia conversando sobre ciência com jovens entusiasmados, curiosos, destemidos, empreendedores, dedicados a melhorar as condições de vida nas suas comunidades, é sempre muito estimulante”, destaca. “Esses jovens aprendem fazendo, não temem o desconhecido, ao contrário, anseiam por buscar respostas para os desafios que encontram pela frente.”
Ouça no link acima a íntegra da coluna Ciência e Cientistas.