IEA discute o atual momento da educação básica e as perspectivas para 2021

A Cátedra de Educação Básica do Instituto de Estudos Avançados terá programação voltada para os desafios do ensino público pós-pandemia

 26/10/2020 - Publicado há 3 anos
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Ainda existem muitas dúvidas em torno de como as aulas serão retomadas em todos os níveis de ensino, inclusive na educação básica. Apesar de algumas cidades já terem retomado o formato presencial em número reduzido, a desconfiança entre pais e profissionais da educação permanece. A Cátedra de Educação Básica do Instituto de Estudos Avançados (IEA) discute o atual momento da educação e as perspectivas da educação básica para o ano que vem, ao mesmo tempo que novos membros tomam posse no Conselho Consultivo da entidade.

Se há algo que vai mudar na forma de atuação no ambiente educacional é o aceleramento do processo de transformação digital. Para Roseli Lopes de Deus, professora da Escola Politécnica (Poli) da USP, vice-diretora do Instituto de Estudos Avançados (IEA) e coordenadora-geral da cátedra, muitas pessoas que tinham resistência com relação ao uso da tecnologia na educação tiveram a oportunidade de aprender e ver a forma mais adequada de utilizar esse recurso. Inclusive, a própria cátedra passou por essa transformação, ao ter que se adaptar de atividades presenciais para um cronograma de atividades em formato digital.

Naomar de Almeida Filho, professor de Epidemiologia no Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e titular da cátedra, confirma essa visão em entrevista ao Jornal da USP no Ar e elogia a rápida adaptação dos profissionais envolvidos. “Professores que tinham pouca familiaridade com as tecnologias digitais rapidamente dominaram e agora nós estamos com uma programação totalmente a distância”, comenta Almeida Filho, ao reforçar a questão do alcance que o formato digital proporciona. No método antigo, os participantes englobavam no máximo a Região Metropolitana de São Paulo, enquanto agora o Brasil inteiro tem a oportunidade de participar, o que para o professor, “abre um Brasil mais real”, algo que as formas tradicionais não conseguiam acessar.

O retorno às aulas é outro aspecto que deve ser observado e a questão neste momento é entender se vamos retornar ao modelo que existia anteriormente. Neste antigo sistema, principalmente o ensino público, o atraso tecnológico era um dos principais problemas encontrados, desperdiçando o potencial educacional dessas tecnologias. Retornar a esse modelo ultrapassado não seria o ideal, ao passo que a melhor alternativa seria recriar o sistema.

A programação da cátedra para este ano será preenchida por minicursos. A novidade é que, a partir de dezembro, também ocorrerão cursos de extensão, através de combinações de minicursos temáticos. Um dos cursos tratará a questão das competências e está programado para o ano que vem. No dia 29 de outubro, novos membros tomarão posse no Conselho Consultivo da cátedra, em uma cerimônia virtual, entre eles, Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Maria Cecília da Motta, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), e Luiz Miguel Martins Garcia, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O conselho é um exemplo de aproximação de atores da área com a USP.

Saiba mais ouvindo a entrevista completa no player acima.


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