A mobilização dos sindicatos cresceu bastante nas últimas semanas, em todas as regiões do País, no sentido de cobrar um posicionamento dos deputados em relação à reforma da Previdência. Ao que tudo indica, essa mobilização tem surtido efeito, a ponto de incomodar os deputados da base governista, que estão se sentindo pouco à vontade em votar um projeto tão radical.
Como consequência, o governo já começou a fazer concessões no projeto de reforma – um exemplo é a alteração na idade mínima de aposentadoria das mulheres, que caiu de 65 para 62 anos. O cientista político André Singer acredita que o segundo dia nacional de luta, previsto para acontecer no dia 28 de abril, poderá obrigar o governo a ter de fazer novas concessões, se quiser que o projeto seja aprovado no Congresso.