A preocupação em torno do desenvolvimento desgovernado fez com que a governança ambiental se tornasse um tópico importante a ser debatido e colocado em prática. Não apenas em nível nacional, mas global, é cada vez mais importante o equilíbrio entre a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento sustentável. Além de problemas históricos, recentemente, a desconstrução de marcos institucionais trouxe novas questões a serem tratadas, principalmente com relação à conservação e restauração das florestas.
Nesse contexto, teve início, no último dia 22, o seminário internacional Construindo Diálogos sobre Governança Florestal: Conservação, Manejo Sustentável e Restauração de Paisagens. “Quando a gente fala sobre governança, ela inclui o governo, mas inclui também todos os outros atores que têm interesses na questão de um bem público, de um recurso comum, que no caso é o meio ambiente”, explica Cristina Adams, professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e membro do grupo de pesquisa sobre governança florestal. A professora explica que o evento citado acima foca na governança ambiental, mais especificamente, na governança florestal.
No segundo dia do evento (29/10), o tema será Governança Florestal: Conectando o Global e o Local. Por envolver muitos atores diferentes, a atuação é estruturada em múltiplas escalas. Cristina comenta em entrevista ao Jornal da USP no Ar que esse debate pode envolver desde iniciativas locais, que acabam influenciando as políticas publicas em nível estadual (por exemplo, projetos de restauração florestal que ocorrem em nível local) até acordos internacionais assinados por diversos países. “A governança é um sistema de várias escalas e atinge vários níveis diferentes que se influenciam”, detalha a professora.
Além de tratar sobre a questão da governança, os futuros encontros também debaterão a restauração florestal. A conservação das florestas ainda é um tópico importante, mas, ao mesmo tempo, o País deve recolocar a floresta nos locais em que ela foi retirada, especialmente a região da Mata Atlântica. Para isso ocorrer, o engajamento dos produtores rurais em torno da restauração deve ser um dos objetivos, apesar dos desafios. Apesar da restauração geralmente envolver o plantio de sementes, o seminário também mostrará como experiências inovadoras podem ajudar nesse quesito.
O evento será nos dias 22 e 29 de outubro, além de 5 e 12 de novembro. Para entender melhor a programação do seminário, clique no link. Saiba mais ouvindo a entrevista completa no player acima.
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