Febrace estimula os estudantes a aprenderem como se constrói o conhecimento científico

Roseli de Deus Lopes fala da importância de se desenvolver a curiosidade e a capacidade de fazer boas perguntas

 18/07/2022 - Publicado há 2 anos

 

A professora Roseli de Deus Lopes comenta que instigar o desenvolvimento científico traz benefícios para as escolhas de vida dos estudantes – Foto: USP Imagens
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É em eventos como a 21ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) que inovações científicas e tecnológicas de jovens estudantes são apresentadas. Já com inscrições abertas, a maior feira brasileira de ciências é liderada pelo Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica (Poli) da USP.

A iniciativa leva uma mensagem às escolas: “O mundo tem mudado muito, muito rapidamente, e, mais importante do que as crianças às vezes decorarem alguns conteúdos que eles não sabem aplicar, é, desde cedo, incentivar a curiosidade, a capacidade de observar, a capacidade de fazer boas perguntas e ir desenvolvendo ao longo do tempo cada vez mais autonomia para ir em busca das respostas”, afirma Roseli de Deus Lopes, professora da Poli-USP e coordenadora geral da feira, em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição

Instigar esse desenvolvimento traz benefícios para as escolhas de vida dos estudantes. “Eles conseguem perceber melhor quais são as opções de carreira que poderão ter no futuro, então esse movimento não proporciona só que seja mais prazeroso aprender, que eles aprendam de fato muitas coisas interessantes que vão muito além às vezes do conhecimento dos próprios professores.” 

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A limitação de recursos não impede o estudante de começar. “Porque a cada novo ciclo que ele vai desenvolvendo, se ele participa de feiras de ciências, não só da Febrace, mas das feiras afiliadas, eles vão ampliando a rede de contatos”, conta a professora. Outras escolas ou centros de pesquisa podem cobrir essa falta. “O importante é começar; quanto mais cedo, melhor.”

Condições

Roseli de Deus Lopes – Foto: Wikimedia

Estão aptos a participar estudantes do 8º e do 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio e técnico, com no máximo 20 anos, de instituições públicas e privadas de todo o Brasil. Os projetos devem ser das áreas das Ciências (Exatas e da Terra, Biológicas, da Saúde, Agrárias, Sociais e Humanas) e Engenharias. Mais instruções estão disponíveis no site da feira.

Os projetos podem ser realizados de forma individual ou em grupos de até três estudantes autores, com participação obrigatória de um professor orientador. O prazo para submissão é dia 24 de outubro pela plataforma Minha Febrace. A primeira etapa de seleção definirá 500 projetos semifinalistas numa apresentação e avaliação ao vivo via plataforma Zoom em janeiro; depois, serão escolhidos 200 finalistas para a Mostra Presencial de Projetos, evento no campus Butantã, na semana dos dias 20 a 24 de março de 2023. 

Professores universitários e pesquisadores avaliarão as propostas de acordo com: criatividade e inovação; conhecimento científico do problema; forma de levantamento de dados e condução do projeto; profundidade da pesquisa; e clareza na apresentação da documentação do projeto e na apresentação oral.


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