Uma portaria do Ministério da Saúde, publicada no último dia 18 de junho, determina o descredenciamento de quase 2 mil farmácias do programa Farmácia Popular. Segundo a pasta, a medida foi adotada diante de suspeita de irregularidades, já que fraudes cometidas no programa provocam prejuízos estimados em R$ 500 milhões por ano.
Os cortes representam 5% dos estabelecimentos credenciados pelo programa, que foi criado em 2006 durante o governo Lula. O Farmácia Popular é um dos mais populares na área da saúde e, na última estimativa, existiam no Brasil mais de 34 mil farmácias credenciadas, distribuídas em mais de 4 mil municípios.
Segundo a professora Julieta Ueta, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, “a farmácia popular é um benefício para a população e todos devem lutar para receber seus medicamentos gratuitos”.
Há menos de dois meses, o Ministério da Saúde reduziu o preço pago às farmácias para 22 medicamentos que estão no programa, para gerar uma economia de R$ 800 milhões. Segundo estimativas do governo, ainda há uma fila de aproximadamente 45 mil estabelecimentos interessados em participar do programa.
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