Uma recente pesquisa mostra que os jornalistas estão sobrecarregados pelo excesso de informação em seu cotidiano, o que pode ser creditado ao avanço das novas tecnologias. Há uma infinidade de mídias oferecendo notícias e opiniões para a sociedade em geral e os jornalistas em particular. Na opinião do professor Carlos Eduardo Lins da Silva, é preciso priorizar o que é realmente importante. “A boa notícia é que priorizar muitas informações é uma das tarefas essenciais do jornalismo”, observa ele, ainda que esse trabalho possa ser dificultado pela sobrecarga de informações.
Ao lado disso, existe a pressão para que o profissional de jornalismo divulgue a informação o mais rápido possível, na obtenção daquilo que se convencionou chamar de furo jornalístico. No entanto, para o professor Lins da Silva, essa fome pela urgência da informação está fora de lugar atualmente. “O sentido do furo jornalístico, que foi forjado na época do jornalismo impresso, era muito mais lógico”, diz o colunista. “Um jornal que desse uma notícia num dia só seria pego pelo concorrente no dia seguinte.” Aí sim, o furo tinha sentido. Ocorre, porém, que atualmente o furo tem uma curtíssima duração, e o risco que o jornalista corre é passar uma informação incorreta por não apurá-la devidamente.
Ele observa ainda que, hoje em dia, o foco está na análise da informação e não na corrida pelo furo. A análise deve ser o objetivo principal do jornalismo nos dias de hoje. Acompanhe o comentário, na íntegra, pelo link acima.