Os impactos ambientais causados pela mineração ainda são um tema recente no Brasil. O grau de contaminação é medido por inventários, mas as emissões são basicamente dos mesmos compostos, o que vai variar é o tipo de exploração da mineração, explica o pesquisador Fabio Takeshi Ishisaki, do IEE (Instituto de Energia e Ambiente) da Universidade de São Paulo. Há exploração em que o desmatamento é maior e outras que utilizam processos produtivos que emitem uma quantidade maior de gases do efeito estufa.
“Os tipos de poluentes pelos inventários são constantes entre diferentes atividades de mineração, independentemente do tipo de minério”, observa Ishisaki. O porte do empreendimento também pode influenciar na significância das emissões da mineração e na contribuição desta para as mudanças climáticas. Em países extratores de minérios, existe uma tecnologia apropriada para controle das emissões de gases, o que ainda não ocorre no Brasil, uma vez que o custo é alto para o empreendedor. No entanto, para o pesquisador do IEE, esse é um assunto que deveria preocupar o poder público, principalmente depois do acidente que culminou no rompimento da barragem em Brumadinho.
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