Envelhecimento e pouca regeneração desafiam tratamentos dos olhos

Para provar segurança e eficiência, novas tecnologias precisam de tempo, cautela de instituições e pesquisadores e apoio da população

 26/09/2018 - Publicado há 6 anos

É inegável o avanço no diagnóstico e nas terapias de diferentes doenças, mas também é fato que muitos desafios ainda existem pela frente, principalmente para o tecido de um órgão como o olho, que “já nasceu praticamente maduro, com poucas possibilidades de renovação ou cicatrização”, observa o professor Eduardo Rocha na coluna Fique de Olho desta semana.

Essa característica, somada ao envelhecimento geral da população, tem levado especialistas a buscar cada vez mais alternativas para enfrentar a deficiência visual. O professor Rocha comenta que estruturas como o nervo óptico, a retina e a glândula lacrimal, por exemplo, têm um amadurecimento muito precoce e baixa capacidade de renovação ao longo da vida. E os remédios não conseguem refazer essas estruturas quando doentes.

Essa realidade abre espaço para as pesquisas científicas, que vêm demonstrando futuro promissor, com técnicas de reprogramação genética e de células-tronco, mas que ainda precisam de muitos testes e tempo para se provarem seguras e eficientes como tratamentos efetivos.

Nesta direção, Rocha alerta para a necessidade de cautela das instituições e dos pesquisadores quanto às inovações que realmente assegurem a saúde das pessoas ao disponibilizar um novo tratamento. E, ao mesmo tempo, o professor pede o apoio da população na realização das pesquisas científicas necessárias, para que seja feita de maneira bastante segura e eficiente.

Ouça acima, na íntegra, a coluna Fique de Olho, com o professor Eduardo Rocha.


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