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Diversos partidos do espectro político do País movimentam-se com o foco voltado nas eleições de 2022. Com nove pré-candidatos para a Presidência da República, é esperado um cenário de polarização, principalmente com a busca pelo candidato para representar a terceira via. No Congresso, a eleição pode causar impactos na formação das atuais coligações partidárias e afetar futuras bancadas. 

“A gente vê é um espaço para que esse terceiro candidato normalmente apareça e ocupe a faixa da centro-direita ou direita”, contou ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição Glauco Peres, professor do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Segundo ele, a polarização que ocorrerá no próximo pleito será em torno da candidatura da esquerda e de um possível candidato que consiga angariar votos de eleitores de centro-direita.

Com a queda na aprovação do atual governo, candidatos que se opunham às políticas do candidato petista tentam ganhar espaço no cenário político para conseguir ir para o segundo turno. “Então, esse espaço me parece que vai ser disputado”, afirma Peres, ao explicar a disputa de nomes que tentam ocupar esse espaço de oposição à esquerda.

Em relação às eleições parlamentares, o professor destaca a importância que ela terá na governança do próximo presidente. “A gente vai ter um presidente que deve liderar os trabalhos, só que para liderar os trabalhos com quem?, com o Legislativo, o Congresso e aí é onde essa eleição ganha mais destaque”, diz o professor, ao explicar como as coligações partidárias que ocuparem o Parlamento podem afetar a dinâmica de poder entre o Executivo e o Legislativo.