Desmatamento é um caso político e econômico

Professor Joaquim Bento Ferreira de Souza Filho, da Esalq, diz que o custo para reduzir o desmatamento é baixo, mas o problema é privado e não social

 15/08/2018 - Publicado há 6 anos
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O programa Ambiente É o Meio desta semana traz entrevista com Joaquim Bento Ferreira de Souza Filho, engenheiro agrônomo, pesquisador e professor titular da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da USP em Piracicaba.

De acordo com Souza Filho, pesquisa feita na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) concluiu que conservar a natureza no Brasil não é tão caro quanto se imagina, desde que feito com planejamento. “O estudo usou uma metodologia matemática para calcular o custo para zerar o desmatamento até 2030 e concluiu que nestes anos o PIB cairia 0,62%, ou seja, em 15 anos se perderia muito pouco.”

Pensando em termos econômicos, diz Souza Filho, quando o Brasil desmata e converte o que era mata em terra agrícola, a fronteira agrícola é expandida. “Com isso, nós perdemos muitos bens ambientais, como florestas, biodiversidade, espécies desaparecem e também cai o potencial econômico, já que nem toda área desmatada é bem aproveitada.”

Ambiente É o Meio é uma produção da Rádio USP Ribeirão Preto em parceria com professores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP e Programa USP Recicla da Superintendência de Gestão Ambiental (SGA) da USP.


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