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Investimentos de grupos internacionais em operadores de grãos e produtores de carne brasileiros correm risco caso o governo não mude sua postura em relação ao desmatamento da Amazônia. Pedro Luiz Côrtes, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE), comenta sobre as pressões do setor privado e fundos estrangeiros que podem afetar a economia do Brasil.

Em conversas anteriores com o Jornal da USP no Ar, o professor já havia alertado sobre os perigos da falta de atuação governamental sobre os problemas ambientais, que só crescem. Sendo assim, as pressões dos grupos internacionais não surpreendem: “Isso acontece porque eles temem que esses problemas repercutam no nome desses fundos de investimento, que contam com regras rígidas de governança, incluindo restrições a investimentos em áreas sujeitas a forte degradação ambiental. Seria como se esses grupos também fossem responsáveis pela situação”.

A reação do presidente da República a essa pressão foi acusar os grupos envolvidos de estarem desinformados sobre a situação do País. No entanto, não existe mobilização sequer do Itamaraty para reverter esse suposto cenário. Segundo Côrtes, dados confiáveis podem ser consultados publicamente em pesquisas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), portanto, “não podemos acreditar que seja apenas uma questão de desinformação. É necessário que a Presidência e os Ministérios tentem resolver minimamente esse problema”.

Saiba mais sobre o assunto ouvindo a entrevista na íntegra.