Os números não são precisos, mas tudo indica que pelo menos 7 milhões de pessoas apliquem insulina diariamente. A falta de precisão se dá em função do grande número de pessoas que são acometidas diariamente pela doença no mundo. O hormônio é necessário para controlar os níveis excessivos de açúcar no sangue, a chamada glicemia, porque o organismo de algumas pessoas não o produz em quantidade suficiente. Elas sabem que, desse modo, poderão evitar o avanço da diabete, doença antes vista como fatal.
A diabete pode ter duas causas diferentes: nos pacientes com diabete tipo 1, o organismo deixa de produzir insulina, o hormônio que leva a glicose para dentro das células, para que o açúcar seja usado como combustível. Já em pacientes com diabete tipo 2, o organismo não produz quantidade suficiente de insulina ou não consegue empregar o hormônio produzido de forma adequada.
Em 1921, o cirurgião canadense Frederick Banting começou uma série de experiências, auxiliado pelo então estudante de Medicina Charles Best. Eles aplicaram extrato pancreático em cães tornados diabéticos e viram uma redução na glicemia. No ano seguinte, passaram a utilizá-la em seres humanos pela primeira vez. A história nunca mais seria a mesma.
A médica Maria Elizabeth Rossi da Silva, chefe da Unidade de Diabete do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, responsável pelo LIM/18 (Laboratório de Investigação Médica), explica que o “tratamento da doença passou por muitas mudanças e todas pelo lado positivo. Hoje temos a bomba de infusão de insulina, já em substituição às canetas, e em um futuro próximo, o uso do pâncreas artificial”. A médica alerta que o futuro ainda vem sendo escrito “como a possibilidade de terapia com célula-tronco e terapia gênica”.
Apesar de tantos avanços, o que falta em relação à doença é a informação e conscientização sobre a diabete.
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